Missão da Gangue Punisher até 18/08 // Let's learn! // Riacho

Andava um pouco preocupado com a minha gangue. É claro que eu considerava cada um único e que possuíam diferentes históricos de vida, mas alguns pouco ou nada sabiam sobre como sobreviver em uma situação atípica, como ser jogando em uma selva sem nenhum recurso pronto para superar aquela adversidade. E foi em um momento em que estava pescando e preparando minha própria refeição que veio em minha mente um estalo: eu ensinaria as pessoas da minha gangue como sobreviverem sem os recursos que temos nos dias de hoje. Ensinaria para eles como serem “primitivos” para usarem isso ao próprio favor caso isso seja necessário.

E o bacana daquilo é que em cada reunião, um membro podia ensinar alguma especialidade que sabia e isso faria com que todos crescessem de alguma forma e já que não éramos egoístas nem com pessoas que nem ao menos temos intimidade, em meio dos companheiros de gangue então tínhamos que cooperar com a evolução do outro. Bom, eu estava super disposto a ensinar o que eu sabia, restava saber se as outras pessoas estavam dispostas a aprender e futuramente ensinar algo que sabia bem.

Tendo essa ideia em mente, marquei a reunião da gangue em um lugar atípico, combinei que todos me encontrassem um pouco antes do almoço no riacho próximo à prisão onde eu costumava pescar e preparar minha própria refeição. Como de costume eu era o primeiro a chegar ao local e estava sentado em uma pedra entalhando algo em um pedaço de madeira enquanto aguardava a chegada do restante das pessoas.

À medida que elas chegavam podiam notar pilhas de madeira , pedras e ninhos de pássaros abandonados  um pouco a minha frente e após cumprimentar individualmente cada Punisher que estava ali e perceber que tínhamos um bom número de participantes, eu guardei o pedaço de madeira que estava entalhando e finalmente tomei a palavra, por mais que eu não fosse a pessoa mais eloquente que havia ali.

– E aí, gente.. então, eu marquei essa reunião para poder ensinar a vocês algo que aprendi desde pequeno. A sobreviver às situações mais adversas ao que está acostumado. Então vamos supor que largaram você sozinho em uma selva, você não tem nenhuma arma alem das próprias mãos e no nosso caso de nossos poderes.  Então, eu primeiro gostaria que cada um de vocês pegassem um pouco de madeira e pedras e tentassem fazer uma fogueira. Vou demonstrar uma vez como se faz e vocês irão tentar acender as próprias fogueiras.

Olhei para Bryan e consciente dos poderes do rapaz, eu me adiantei até ele e toquei seu ombro. – Todos vão fazer esse exercício exceto você, já que sabe conjurar fogo e seria muito fácil pra essa tarefa. – Caminhei com ele até a margem do riacho e apontei algumas pedras maiores para ele e voltei a falar. – Você vai montar uma espécie  de barragem para os peixes entrarem e não  poderem sair. Eu sei que você poderia só lançar bolas de fogo e pegar os peixes que morreriam pelo calor da água, mas você já parou pra pensar que isso mataria todos os peixes do riacho e em questão de dias você não teria mais peixes para comer? Então, vamos tentar sobreviver de uma maneira inteligente, fechado? Vai construindo a barragem e tentando pegar alguns peixes enquanto ensino o pessoal a fazer uma fogueira.  -

Deixei o rapaz lá na margem do riacho e me assentei no chão de frente para os que tentariam fazer a fogueira e então ensinei tanto a técnica de bater as pedras até gerar uma faísca quanto a técnica de friccionar um madeira na outra até surgir uma brasa que era colocada imediatamente nos ninhos abandonados. Daí era só assoprar e alimentar a fogueira.

Depois de ensinar as técnicas, deixei que tentassem fazer suas atividades enquanto eu colhia cipós para começar a trançá-los e fazer um armadilha para pássaros e pequenos roedores. E foi só quando a fome começou a apertar que juntei o pessoal pra um almoço para todos com os peixes que foram pegos.



Dado para Dimitri conseguir ensinar a Perícia.

Pela primeira vez estaria de frente de todos os membros da minha gangue, não conhecia direito o líder, mas escutei algumas coisas ao seu respeito e isso me fez ter um certo receio de achar que eu não poderia ser o perfil de que ele precisasse. O local marcado era perto do riacho, sim, me tremi de certa forma ao ouvir essa palavra por saber justamente que minha fobia estaria em jogo e que eu talvez tivesse que passar perto de alguma correnteza e isso não seria muito legal. Engoli a seco caminhando vendo que não tinha ninguém ainda chegando por ali mostrando que eu era o primeiro e assim suspirei sentindo aquela tensão cada vez maior dentro de mim logo assim que ouvi o barulho da água corrente passando por ali perto.

Ao chegar no local vi algumas peças de madeira, pedras amontoadas e coisas que pareciam ser objetos de algum tipo de montagem de acampamento. O que seria essa missão? Pensei comigo mesmo vendo que logo me deparei com o rapaz alto de olhos claros e aparência séria. Uau, Dimitri? Bem, pelo menos o nosso líder tinha uma aparência bem interessante e atrativa. Ri pensando comigo mesmo dando de ombros e por fim me apresentando.
- Cheguei, prazer em conhecê-lo líder... Sou Bryan e acho esperar fazer o perfil da sua gangue. - lhe mostrei um sorriso sutil e me coloquei em um local afastado um pouco da água esperando os demais chegarem.

Pouco à pouco os demais iam chegando, assentia com a cabeça os cumprimentando enquanto todos ali iam se apresentando até que por fim Dimitri começou a falar sua ideia para com todos presentes naquela missão que me pareceu super de boa. Sobreviver um dia e uma noite em um local distante do conforto comum seria algo agradável ao meu ver, me deixaria mais afastado dos pensamentos ruins e me relaxaria. Minha cabeça balançava entendendo todas suas palavras até que os olhos do líder se voltaram para mim e acabei por ser pego de surpresa.
Realmente seria fácil demais criar uma fogueira com o poder que eu tinha, mas o que estava então sendo preparado para mim? Fui o acompanhando até que paramos bem na borda do riacho, meu corpo se tremeu e o suor começou a querer aparecer em minha testa. O barulho da água corrente me dava agonia e aquele medo começava a crescer lentamente dentro de mim como se tivesse me devorando de forma torturante.

- Olha, eu... - recuei alguns dois passos. - Desculpe, mas eu tenho prolemas com água corrente mesmo sendo que dê pra ver um pouco o fundo. Um trauma de infância me persegue e talvez eu não consiga completar o que me pede. - como poderia explicar aquilo para meu líder? Será que já seria eliminado logo de primeira?
Respirei fundo assentindo com a cabeça e fechando os olhos indo em direção a margem trêmulo. Ouvi suas dicas e engoli a seco com meus olhos marejando de medo.
Demorou uns dez minutos para por meu pé dentro do riacho, a água gelada ajudava ainda mais naquela vontade de sumir dali, o outro pé entrou e fiquei estático por longos quinze minutos, tremendo, sempre tremendo.
Pouco à pouco me organizava sempre olhando onde eu pisava e pegava uma pedra grande para começar a montar a barragem, uma, duas, mas os passos eram lentos e super cautelosos, não queria cair de forma alguma ali dentro e desencadear um choro descontrolado e vergonhoso.

Meu trauma de infância era algo que sempre me perseguiu, maldito Brenon que me lançou em uma corredeira profunda querendo me ver morto por tentar sobreviver aos seus assédios. Não conseguia parar de tremer, mas fazia o serviço sem questionar, era algo fácil para muitos ali, mas para mim estava sendo bastante difícil e torturante. Coração acelerado, respiração ofegante, mas o trabalho de formiga ia sendo feito e assim tentando pelo menos conseguir montar o que Dimitri havia me pedido.

Obs* - Lançarei um dado para a montagem da barragem.

Não demorou muito até que chegou o dia de se reunir co ma gangue a mando do Líder, não muito a praia de Alex naquele momento, mas o rapaz não tinha muita escolha. Caminhando pelos corredores da prisão ele observou alguns detentos que passavam por ali, uns iam na mesma direção que ele, já outros para caminhos diferentes. Ele caminhou por alguns segundos até chegar no lago onde algumas pessoas já estavam reunidas, entre elas estava o líder. O rapaz alto caminhou entre os presentes falando com um após o outro até chegar em Alex. - Prazer em conhece-lo. - O jovem respondeu e observou o Líder continuar seguindo entre os outros.

No outro menino ele já se encontrava no centro de todos e começava a dialogar com os demais sobre uma tarefa, "Sobrevivência?" Alex se perguntou enquanto segurava o queixo pensativo demais e observando a reação dos outros da gangue. O jovem caminhou para longe dos outros membros e começou o seu trabalho com "a tal fogueira". chutando a grama verde e alta ele procurava por pequenas gravetos cecos e pedaços maiores de madeira. - Assim não dá! - Ele abriu os braços e lançou na área um leve pulso telecinético afim de quebrar a grama alta e melhorar sua visão. Continuou andando e chutando, recolhendo os que conseguia encontrar pelo caminho. - Acho que está bom... - Voltou até um pedaço de terra longe da vegetação e ali depositou os gravetos que encontrara.

O jovem voltara agora para beira do lago a procura de Pedras, mas não muito pequenas, não adiantaria. Ele pensava em com o fazer e como já ouvira falar uma vez. Aqui e ali ele pegava as pedras e as colocava no colo cuidadosamente para não as perder de vista, voltou ao pedaço de terra onde estavam os gravetos e com calma fez um "cercado" com as pedras. - Acho que é por ae mesmo, Alex. - Falou consigo mesmo enquanto soltava um gargalhada alta.  Mas algo estava faltando naquela fogueira... - Claro... ! - Ele se viro ue se levantou correndo de um lado para o outro feito maluco. E lá estava logo a frente, uma palha de coqueiro. Virando a palha de um lado para o ouro o jovem arrancava as palhas cecas e separava das molhadas as colocando no bolso da calça.

Voltou para sua fogueira e posicionou as palhas secas dentro do circulo de pedras junto aos gravetos. e as lenhas separadas ao lado de fora. Pegou duas pedras nas mãos e as posicionou perto as palhas, agora começou a bater uma na outra tentando causar faíscas no intuito de acender aquelas palhas cecas.

Dados:

De modo geral, os poucos integrantes da gangue que compareceram a nossa reunião estavam se saindo até que bem aprendendo algumas técnicas de sobrevivência que eu estava ensinando. Eu andei entre eles e sempre corrigia pacientemente alguma coisa que estivessem fazendo de errado. Eu queria que aquele pessoal aprendesse a se virar caso estivessem sozinhos.  

Após ficar algum tempo com quem estava fazendo as fogueiras e ver que eles estavam se saindo ainda melhor, eu sentia o meu estômago reclamar de fome. Olhei para o céu e tentei calcular a hora com a posição em que o sol se encontrava. E ao perceber que  horário para o almoço já estava um bocado avançado, fui buscar algumas frutas para nosso belo “pic nic em família”. Colhi um cacho de banana, algumas goiabas e algumas laranjas, colocando tudo cuidadosamente em uma pilha.

Foi então que ergui minha voz e fui para um ponto em que todos tinham uma boa visão da minha pessoa.   – Muito bem pessoal, vamos fazer uma pausa para comer alguma coisa e depois continuamos, ok? Vocês aí que estão fazendo as fogueiras, levem o fogo para aquela pilha de madeira maior e acendam. Eu vou ver como está se saindo o novo pescador da equipe. Podem comer as frutas que colhi caso estejam com muita fome ou podem vir aprender como limpar um peixe. – Fui até a pilha de frutas e tirei dela uma goiaba e uma banana antes de ir até o pescador.

– E aí, espero que tenha conseguido pegar alguma coisa, cara!    - O tom da minha voz era descontraído e amigável, eu não iria implicar com o cara mesmo que não tivesse pescado nada. Bom, ele tinha conseguido alguns, não o suficiente para todos nós, mas tinha. Dobrei as barras da calça e entrei no riacho com o rapaz, que até tinha represado bem a água.

– Bom trabalho, você só precisa ter um pouco de paciência para pegá-los. Vou mostrar de novo e você me acompanha ok? – fiquei mais um dez minutos com o rapaz no riacho, ensinando o cara a pescar e quando nós conseguimos um número suficiente de peixes eu dei dois tapas no ombro dele. – Isso aí cara, nem foi tão difícil, né? Vamos limpar os peixes e comer, cara.

Na beirada do riacho que procurava por pedras afiadas que pudesse cortar a barriga dos peixes, eu podia usar o canivete da gangue para cortar aquilo, mas eu queria que os caras tentassem se virar em arma alguma com eles. Com as pedras em mãos, sentei-me no chão que nem índio e peguei um peixe, mostrando não só para Bryan, mas para os outros que vieram até a margem onde deveriam cortar o peixe e o que precisavam tirar do animal para limpá-lo.

Após limpar todos os peixes que pegamos, fomos até a fogueira para assar nosso almoço. Ensinei para eles tanto a técnica de enrolar o peixe em uma folha e colocar em uma pedra que seria empurrada para próximo da fogueira e assim assar, como também ensinei para eles como espetar o peixe em um graveto mais grosso e colocar para assar direto no fogo. Apesar da técnica de assar no graveto ser mais rápida, eu preferia a da pedra por não perder tanto as propriedades nutricionais do animal.

Quando todos os peixes estavam prontos, eu ajuntei toda a nossa comida em uma pedra maior e mais reta como se fosse uma mesa e falei para eles com um pequeno sorriso. - .. bom, agora podemos comer. Alguém tem mais alguma dúvida ou questão de alguma técnica que ensinei para vocês hoje?