[RP Fechada] The princess and the drunker

But I got a blank space, baby...

Estava tempo o suficiente naquele lugar para saber que ninguém consegue nada estando o tempo todo sozinho, por um desses motivos usei de uma das habilidades mais belas que os deuses puderam me dar... Não, não... Não falo da cura, falo da liderança, o poder da persuasão, o poder de com apenas algumas palavras conseguir aliados, vencer batalhas, ganhar territórios e principalmente, sucesso e visibilidade.

Os Foxes são meus aliados, meus leais parceiros, uma família unida. Eu os lidero com garra e honestidade, pois apesar de estarmos presos não éramos pessoas ruins, somente pessoas dispostas a conquistar nossos objetivos, sendo necessário passar por cima de alguém ou não. Somos conhecidos por nossa ambição e temidos por conseguirmos a conquista, sempre. Um fox não volta para casa sem trazer sua caça, é a lei natural, as raposas são caçadoras e as ovelhas, nossa caça. Depende de você o lado que quer ficar.

Os novatos eram nossas ovelhas, nós os sondávamos com a sutileza de uma raposa, analisávamos qual seria de nosso caçador e qual seria a nossa caça. Tinha uma lista de opções em mente e como uma boa líder, eu precisava escolher os certos para caminhar junto de mim. E cercada de paredes cinzas eu não iria conseguir pensar e nem mesmo me decidir, eu deveria dar uma pausa a mim mesma e assim fiz, saindo apenas com o moletom largo cinza e as calças tão largas quanto, os pés no chão para sentir a frieza dos pisos e os orvalhos na grama.

A ponte, com sua admirável vista do horizonte. A vista da minha liberdade. Sonhava com o dia em que junto dos Foxes iriamos explorar todo aquele espaço, descer até o fim daquele abismo, procurar uma saída, uma chance de atravessar e fugir, por instantes eu a encarei pensativa, até que a consciência me tomou posse novamente. Caminhei com calma para a árvore mais próxima do abismo, escalei e me sentei, usando da escuridão a meu favor, pois se me achassem fora da cela aquelas horas, eu iria para solitária.

Sentada no galho me recostei no tronco, o céu estrelado me cobria e o frio arrepiava, de hipotermia eu não morreria e por isso não me preocupei, estava num momento entre mim e minhas futuras decisões, opções e ordens. Mas, o som pesado de passos rápidos me distraiu e antes que eu pudesse piscar o velocista de que me falavam estava ali, bem a minha frente, encarando o penhasco, não podia ver sua expressão, mas sabia que sentia um frio na barriga... Todos sentíamos ao olhar aquilo pela primeira vez.

Com a sutileza de uma raposa joguei meu corpo para trás, deixando que minhas pernas me segurassem ali, pendurada no galho, com o moletom subindo para mais perto do meu pescoço, deixando minha barriga livre para sentir a brisa: Ei, se você for se jogar espere... Eu gostaria de me aproximar para admirar o espetáculo. - Lhe disse, abrindo um sorriso, sendo rápida ao retornar a posição anterior, jogando meu tronco para frente, sentando novamente no galho: Você sente medo? - Perguntei com um olhar de sutileza, umedecendo os lábios, mostrando a curiosidade.

...And I'll write your name!

But I got a blank space, baby...

Adorei seu senso de humor e lhe retribui um sorriso, arqueando uma sobrancelha sobre ja estar admirando o espetáculo, não deixando realmente de notar que rapaz era de uma beleza peculiar, ainda tinha nos olhos o brilho de quem não segue as regras, dita as próprias. Um brilho tipico de jovens a flor da idade, com os nervos a flor da pele, eu o compreendia: Devo dizer que não há nada, talvez há esperança da liberdade. Mas ainda estou a analisar... - Comentei sobre o fim do penhasco, já pensando nas próximas perguntas.

Não era só rápido nos passos, mas nas palavras. Eu pensava e ele já respondia, arregalei os olhos impressionada e ao mesmo tempo achando graça no seu comportamento, me permitindo admira-lo. Os 15 minutinhos foram a brecha perfeita para brincar, cruzei as pernas e me mostrei interessada: Todos os homens dizem o mesmo, até os que não são rápidos... Sempre é necessário tirar a prova. - Dei de ombros e num pulo desci da árvore, conferindo para ver se as roupas permaneciam inteiras, detestaria o moletom quentinho rasgado.

Caminhei até ele e me sentei a frente, com as pernas cruzadas de índio apoiei os braços sobre as pernas, inclinando o corpo para ficar bem próxima: Não há ninguém como você por aqui, Ben... Já pensou que pode ser requisitado? - Inclinei minha cabeça para o lado direito, procure lhe mostrar o meu lado mais doce, abrindo o sorriso: Francesca, mas pode me chamar de Fran. É um prazer conhece-lo, velocista. Eu tenho a cura e sim, eu posso ser virgem quando eu quiser, é parte da regeneração. Mocinhas travessas sempre se divertem mais que as comportadas, por isso estou aqui... Já você, ainda é carne nova. É perigoso andar sozinho, sorte que me encontrou... A raposa e o coelhinho, clássico.

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Me aproximei mais, agora nossos joelhos se tocavam e a distancia dos olhares era mais curta, minha mão direita subiu com calma do braço dele para o topo da cabeça, onde brinquei com seus castanhos fios comentando baixo: Você é bonito, engraçado e por mais inexperiente que seja, ainda seria um desperdício te ver estirado ali no fundo do penhasco. Não preciso me jogar, eu tenho você aqui para descobrir o que tem lá no fundo por mim... - Suspirei de alivio enquanto sorria, descendo as caricias pelo seu rosto, deixando que meu dedão puxasse com delicadeza seu lábio inferior para baixo: Você morde? - Perguntei com a curiosidade de uma criança.

Voltando a olhar em seus olhos, dessa vez tendo postura ao sentar, não demorei em assentir sobre o requisitado, lhe dando respostas: Você é novato, com um poder que não se repete aqui. Você é o que chamamos de item de colecionador, até que outro como você apareça, todos vão querer sua lealdade. Mas só uma pessoa terá... E admito, gostaria de ser essa pessoa. - Entrei no riso sobre a brincadeira da raposa e neguei, puxando a manga esquerda do moletom para mostrar a pequena pata de raposa, como se ela fosse uma pequena placa de metal cravada sobre minha pele: Eu sou a raposa, você pode ser uma raposa. Sou um membro foxes e como tatuagens não funcionam em mim, achei melhor que minha pele cicatrizasse em torno do metal. E no fundo, isso combina mais com uma líder mesmo.

Lhe lancei um olhar de curiosidade sobre o álcool e sem demoras neguei com a cabeça, respondendo: Não há álcool por aqui, pelo menos não com facilidade. Há meios de se arranjar, alguns querem dinheiro, outros favores e outros... Bem, infelizmente o outro favor os carrascos só recebem de mulheres. Mas, eu posso te ajudar a negociar com eles algum dia. Pode lhes oferecer um pouco do seu poder. - Estiquei o palmo da minha mão para ele e questionei: Se for um vicio e quiser se libertar, é só tocar...

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Ajeitei os meus fios loiros para trás, mostrando agora uma expressão mais séria, como se eu lhe dissesse com o olhar que apesar das nossas diversas brincadeiras agora eu falava sério: Você acabou de chegar, não conhece nada. De inicio podemos trocar conhecimento,te ensino a forma mais fácil de viver aqui e você entra para os foxes. Mas, com o tempo, espero que se sinta confortável em confiar nas minhas palavras. Sou uma mulher que as honra.- Segurei em sua mão direita, pude brincar com os ossinhos de seu dedo, me dando tempo para formular a frase: Foxes são uma família, não somos como uma gangue de rua, não somos descartáveis. Se alguém como você aparecer ele pode se juntar a nós ou não, de qualquer forma, você ainda será um foxes. Essa é minha palavra. - Fixei meus olhos ao dele para passar confiança: Eu por vocês e vocês por mim, esse é o lema. Isso somos nós.

Não pude deixar de rir sobre o vicio, mostrando compreensão, arqueando uma sobrancelha enquanto respondia: Eles costumam esconder bebidas por entre os buracos de coelho da floresta, podemos procurar um dia. Você é rápido, pode dar conta das ratoeiras que colocam. Te curo se uma apertar esses dedinhos magricelas.

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O sorriso pelo novo membro iluminou meu rosto, era ótimo ter mais um para agregar ao grupo, não menti a ele quando disse que considerava os foxes minha família, tinha cada um guardados no meu coração e lutaria não só pela minha vida, mas também pela deles: Seja bem vindo ao grupo, Raposinho. Vai ser não só um prazer, como uma honra te-lo junto de nós. - Com um riso eu deixei a seriedade de lado e logo baguncei seus fios castanhos, não demorando muito a voltar a ter postura, sentada a sua frente, olhando em seus olhos.

- Agora temos outra coisa para associar, você como uma raposa, caça as bebidas que são coelhos. Podemos fazer uma brincadeira assim um dia, quem pegar mais "coelhos", bebe as bebidas do outro. - Minhas mãos deslizaram pela grama, a posição do meu corpo era outra, devagar eu ergui meu tronco com os joelhos no chão, sendo sutil ao me aproximar "de quarto" dele para sussurrar: E acredite, eu sou boa nisso... De ganhar.

Dei a volta em torno dele e sentei logo atrás, perninhas de indio e dedinhos inquietos, dedilhando a nuca do maior a minha frente, me permitindo rir baixo antes de responder suas perguntas: Tenho uma irmã de sangue, Havva... Irmãos de coração, os foxes... Amigos, poucos, mas tenho. E namorado... Hm. - Suspirei com a ultima como se quisesse causar um suspense, descendo uma de minhas mãos pelo ombro de Ben, deixando com que nossos corpos se juntassem e eu, ajoelhada, o abracasse por trás: Está vendo esse sorriso? Com um namorado seria apenas uma cara emburrada. Vocês só nos dão problemas. - Sussurrei, deixando que um sorriso escapasse no fim, enquanto eu voltava a me sentar: E você? Familia? Amigos? Namorada não tem, se não estaria junto dela. A menos que tenha mentido só os 15 segundos.

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Dei de ombros sobre ele ser um bom "bebedor", desafios movem o mundo, quando você é posto a prova de alguma coisa da o seu melhor para se sobressair aos seus oponentes e por mais carismático e divertido que fosse Ben, em um desafio, comigo, eu iria para ganhar, seja algo complexo ou simples, como esse nosso de beber: Ora, então eu tenho um pinguço no grupo? Quais as chance de você aparecer bebado nas reuniões ou atividades? Se eu fosse uma líder exigente te tiraria do vicio agora, mas não, respeito sua vontade de não querer.

Me espreguicei o ouvindo falar, deitando entre ele e o penhasco, com as mãos apoiadas sobre minha barriga e a atenção fixada no modo como ele comentava e respondia o que lhe foi perguntado: Generalizo minha experiencia, nem sempre é possível cruzar com homens de caráter. Mas... O importante é se divertir. - Com um sorriso meus dedinhos dos pés se mexeram, como uma animação espontânea, voltando a falar: Pelo menos aqui, é importante ser ao menos "colega", entende? Engolir algumas pessoas para seu próprio bem é necessário. Digo isso pois pode ser que venha a se desentender com um fox, não sabemos ainda a sua reação perante aos outros ou eles cobre você. Mas garanto que todos receberam o mesmo conselho. - Lhe estiquei o meu dedo mindinho para a promessa: Mas eu, Francesca, lhe prometo que vai ter sempre a verdade e que nossa amizade não vai ser com base falsidade. É de coração. Juro, juradinho com meu dedo mindinho. - Aguardei que ele juntasse seu mindinho ao meu, ainda sorridente: Quem sabe posso até ajudar a encontrar a mulher tão merecedora desse seu amor... Mas por hora, me deu uma ideia... O quão rápido pode correr?

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Eu gostava do foco e da atenção sobre mim, parte de mim desejava questiona-lo para saber se havia prestado atenção em tudo, pois sua expressão de avoado entregava os ponto, ja outra parte desejava rir com sua cara de tapado ao perceber que havia se perdido entre as perguntas e era hora de se posicionar, por tanto, deixei tal fato de lado.

Empurrei sua face com um sorriso nos lábios ao ouvir sobre ele não gostar de uma tal de Francesca, lhe respondendo: Saiba que ela é a mais perigosa, ele pode parecer doce e inofensiva, mas enquanto uns usam de seus poderes para maldades, ela usa as próprias mãos. Já teve em suas mãos um coração ainda batendo? Ela já... - Como disse, a expressão doce tomava meu rosto e um beijinho no ar lhe mandei.

Desferi um tapa em suas mãos franzindo as sobrancelhas, não era fofa daquele jeito para ter as bochechas apertadas e a voz de criança sobre mim: Você brinca com fogo, velocista. - Revirei os olhos e foquei na explicação simples do poder, me tomando pela curiosidade: Você consegue andar sobre as águas? Já experimentou isso? Quantos quilômetros correu sem se cansar? Qual a velocidade máxima que pode atingir?

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