[RP Fechada] Thank you for accompanying me.

ESSA RP É ENTRE BRYAN MCKENSY E ACE FOX E ESSA RP É FECHADA.

SE PASSA NA CACHOEIRA POR VOLTA DAS 16:30 DE UMA TARDE LINDA QUE LOGO COMEÇARIA A SE FINALIZAR EM UM POR DO SOL BRANDO.

Estava perdido, totalmente deslocado das coisas e das pessoas naquele lugar e isso me assustava... Muito. Sabe quando você sai de um mundo e entra em outro totalmente diferente e ficar desorientado, sem saber o que fazer, falar ou reagir? Eu estava assim e ficava desesperado querendo achar alguma maneira de sair daquele vazio antes de entrar em pânico podendo até mesmo criar uma depressão. Penso demais também em minha mãe que nem se quer deve saber onde estou e tenha colocado até o exército atrás de mim, como será que ela deve estar reagindo ao sumiço do único filho?

Após o horário do almoço me prontifiquei de que poderia sair daquele lugar e procurar um outro para poder organizar minha cabeça e tentar me focar agora naquela vida de miserável que apenas serviria apenas para estar vivo, pois viver? Não saberia mais o que seria... Em passos brandos olhava pelos lugares que poderia desbravar e acabei seguindo por uma trilha que passava dentre as árvores altas daquele pedaço e ouvi ao longe um barulho de água, uma cachoeira? Bem, fui seguindo respirando meio de forma preocupada por justamente ter medo de água, um trauma passado que tive de quase morrer afogado, agora aquele medo me continha por um todo, claro que esse medo não generaliza banho, ou coisas que me façam ter contato com ela, apenas não querer estar em lugares profundos ou que não me fizesse enxergar o fundo, isso sim, minha fobia gritaria com essa questão.

Ao chegar no local observei que estaria sozinho, suspirei e me sentei observando de longe a queda da água sobre as rochas me arrepiando de certa forma. O trauma que tinha de tudo que fosse me lembrar aquela correnteza me colocava a prova de como ainda sou assombrado pelo meu passado e isso eu já estava cansado de saber. Abri minha mão e fiz surgir uma pequena chama que começava a criar formas diferentes ao meu gosto me fazendo sorriso e esquecer daquelas lembranças. O fogo era algo tão lindo e bem complexo que hipnotizava-me mesmo sabendo que era algo que eu tinha como dom de fazer.

Logo estava eu apenas com minhas viagens criando objetos em chamas quando escuto o barulho da mata se mexer, de imediato as chamas sumiram e olhei para os lado tentando ver de onde vinha aquele barulho quando a imagem do homem de cabelos até os ombros e porte atlético passava de forma voraz pisando forte indo até a água, a correnteza para ser exato e lançava um rasgo com um raio sobre a superfície. De início fiquei um tanto assustado arqueando a sobrancelha esquerda, mas depois ouvi suas palavras que com certeza era pensamentos eufóricos para si que invadiram meus ouvidos sem ao menos permitir.

Achei sua questão interessante, desastres naturais causados por uma coisa inanimada. A natureza na verdade é algo que podemos ver, sentir e tocar, mas a ordem causal da destruição é provocada por junções climáticas que desencadeiam algo muito maior deixando a pensar que na verdade elas são provocadas de forma unificada e não proposital. Ri com meu próprio raciocínio lógico e maluco abaixando a cabeça e mexendo em uma flor que ali tinha respondendo também por alto o questionamento alheio.
- Na verdade eu acho que não. Desastres naturais são provocados de modo como um todo graças ao circulo natural... Nós fomos criados geneticamente por causa de uma explosão que modificou nosso DNA... - voltou a olhar para o homem que estava há uma certa distância e lhe mostrou um sorriso simpático. - Você é um desastre científico e não natural...

Aquela era a coisa mais real e fixa que havia dito para ele e também para si, porque era a verdade. Modificados de forma científica por causa de uma explosão por causa de um cientista maluco que jogou isso no ar e agora mutações genéticas vagam na terra sem controle podendo ser um desastre biológico e não natural.
- Desculpe me meter no seu raciocínio... Apenas achei interessante a forma como ficou se colocando diante do seu descontrole de poder. - suspirou.

O primeiro contato com o outro não fora bem como imaginaria, claro,
se colocar na conversa alheia mesmo sendo com ele mesmo não era algo educado só que pensando alto você acaba por explanar o que deveria ser dito apenas para si e se tivesse visto ao redor que tinha alguém não teria falado tão alto. Pigarreei mordendo meu lábio inferior logo em seguida ouvindo tais palavras não tão amistosas do outro e revirei meu olhos bufando sutilmente voltando a brincar com a flor que estava abaixo de mim junto aos meus dedos tocando em suas pétalas com delicadeza.
- Desculpe se ousei invadir sua linha de pensamento, mas é que me chamou a atenção a forma como se colocou diante da situação pensada. - fiquei em silêncio por alguns minutos voltando a ouvi-lo.

- Um raio não pode ser controlado, mas pode ser contido. A carga pode ser posta em um recipiente próprio podendo servir de conduíte para qualquer tipo de coisa que precise de eletricidade, certo? - falei sem olhar para ele.
- Essa prisão é algo que deve ter sido feita apenas para controlar realmente aqueles que não podem ser controlados. Se você se condiz um desastre natural incontrolável talvez seja por pessoas como você que estamos aqui.. - disse de forma sutil, sem querer mostrar confronto nas palavras.
- E eu... Bem, nunca fiz nada contra ninguém, apenas fui capturado enquanto seguia para um trabalho em Los Angeles, muitos aqui podem ter sido pegos sem ao menos saberem o motivo e já alguns devem ser perseguidos pela polícia lá fora e acham que foram capturados pelo governo. - suspirou novamente e olhou para o céu que ficava alaranjado com o início do por do sol.

Aquele assunto ficava um tanto interessante, acusações sem ao menos conhecer um ao outro eram feitas, mas de que adiantaria conhecer o outro se talvez ali fosse apenas uma conversa com um estranho que não olharia se quer na minha cara uma segunda vez. Dei de ombros e continuei a olhar para o céu.
- Muito tempo preso aqui?.

Certo, as coisas voltavam aos poucos a ficar menos tensas e mais maleáveis para um diálogo mais calmo e sem muitas farpas a serem soltas. Pelo menos agora as coisas poderiam ser controladas em meus pensamentos sem achar que talvez tivesse feito alguma inimizade sem propósito algum. A minha atenção voltou ao outro que se levantava em meio as suas palavras e tirava a camisa mostrando o físico por baixo dele me fazendo corar de certo modo, virei meu rosto disfarçando e voltei a admirar o céu que agora entrava em um degradê perfeito de azul, amarelo e laranja mostrando a transição exata da tarde para o início da noite. Era uma visão mais sutil e menos provocativa de se ver e talvez assim conseguisse pensar melhor nas palavras seguinte que seriam ditas para o outro.

- Eu ainda não aceitei isso em minha cabeça, mas convivo aqui normalmente. Tenho minha mãe que lá fora deve estar desesperada em busca de mim por ter sumido sem ao menos ter dado uma explicação... - comentei baixo ouvindo barulho da água ser perfurada pelo mergulho.
Me arrisquei a olhar novamente para ele que emergia sacudindo a cabeça fazendo seus cabelos balançarem jogando respingos para todos os lados.
- Na verdade, água e eletricidade são bons sim, não para quem ousa se encontrar com eles ativos juntos, mas a condução do líquido faz com que a potência da carga seja amplificada mil vezes o que descarrilha em um turbilhão potente. Você pode usá-la como conduíte para um ataque rápido, mas é claro que o próprio condutor não pode estar em contato dela. - praticamente eu estava me sentindo um professor de física falando tudo aquilo, mas era algo que sempre tive comigo. A facilidade de explicar coisas do meu entendimento.

- Eu já realmente tenho pavo de água, tanto por conta de um trauma quanto pelo poder que carrego. Coube certinho o encaixe do dom que recebi então não tenho nem como fazer par com ela, já que nesse ponto os opostos não conseguem se atrair perfeitamente. - fiz uma expressão dando com os ombros e me apoiei em meus braços olhando para o rapaz.
- Por acaso, meu nome é Bryan... - elevei meu sorriso simpático de canto acenando com a cabeça.

Esbocei meu sorriso sem graça e coloquei uma das mãos por trás da cabeça coçando-a vendo ele sair da água agora vindo em minha direção. Sério? Pigarreei e juntei minhas mãos estralando os dedos um por um em espécie de nervosismo bobo por nunca ter presenciado um homem belo com aquele corpo molhado de forma provocante vindo diante de mim. Respirei fundo e me foquei mais nas coisas que ele dizia tirando meus pensamentos de todo o resto.
- Não levei, fique tranquilo. Sempre fui um dos melhores da turma e com isso veio as piadinhas to tipo e agora não as levo de forma séria. - assenti em confirmação. - Ainda mais eu nunca pensei que poderia usar do meu conhecimento de novo já que meu trabalho... Quer dizer, meu ex trabalho não utilizava disso.
Ser modelo teve seus pós e contras, mas era um tanto monótono ficar posando para capas de revistas, olheiros de agências grandiosas e tudo mais, gostava mesmo era de ter seu intelecto sempre em teste.

- Eu sou pirocinético, conduzo as chamas e prazer, Ace... Na verdade eu não tenho medo da água por causa do meu poder, apenas não combinam, eu tenho trauma de infância e por isso gosto de ficar afastado de tudo que seja profundo e tenha correnteza. - aquele arrepio veio novamente ao me lembrar do motivo pelo medo, mas logo voltei a me focar no outro.
- Então, estava distraído só que agora consegui me focar em outra coisa e não tem ninguém por aqui, apenas fiquei constrangido de ver... Ér... Bom, uma pessoa do seu porte diante de mim de forma provocante. - sempre fui sincero e nunca escondia meus sentimentos ou pensamentos então...
- Espero que não fique incomodado com isso, sinta-se a vontade da maneira que quiser, apenas é coisa boba minha. - inclinei-me para o lado ficando mais acomodado sustentado pelo meu braço direito.

Dei uma risadinha baixa com o comentário dele também saber de coisas com relações a elementos e coisas do tipo, mas mudei meu sorriso quando ouvi novamente a tal insinuação para que eu entrasse na água sem medo. Me vi novamente olhando para a cachoeira me remetendo ao passado e lembrando daquele momento aterrorizante quando meu padrasto me jogou em um rio com corredeiras em forma de vingança por ele ter sido denunciado. Que pessoa em sã consciência faria isso com um menino indefeso que apenas tentava fugir dos ataques pedófilos de um louco que morava dentro de sua própria casa?

Meus olhos estavam marejados e aquele arrepio percorreu minha espinha, não pude me ligar muito no que Ace havia dito depois daquele convite para entrar na água, mas busquei a tentar encontrar algo que meu subconsciente havia ouvido e tentaria não me passar por um mal educado mais uma vez.
- Bem, eu.. Melhor não a água que gosto é daquela encanada, quentinha que sai do chuveiro... - dei de ombros mais uma vez e BAN! Fui pego de volta no assunto que tentava desvencilhar.
- Você não está fora de forma, bem, ao meu ver não está... - respirei fundo pigarreando e me voltei a olhar para o último vestígio do sol que se punha por de trás das montanhas.
- Bem, parece que vai demorar mais ainda, já que o sol está se despedindo. - olhei para ele se sentando ao lado tentando pegar os últimos momentos de calor.
- Se me permitir posso aquecer suas vestes sem precisar colocar fogo nelas, assim não precisaria esperar e poderá se desfazer da minha presença.- disse sem maldade, mas não sabia se estava agradando a sua pessoa.

- Hum... Érr... Como falei, prefiro ficar eu aqui e a cachoeira lá e assim fico feliz e sigo cantando a canção da vida. - brinquei olhando para o outro.
- Bom, pelo que acabou de me dizer parece então que estou diante de algum agente ou segurança... Bem, para dizer que se livraria de mim em instantes só pessoas assim são capazes disso e eu ficaria agradecido que não o fizesse porque ainda tenho muito pra aprender nessa vida medíocre. - pisquei voltando a soltar uma risada mais relaxada.
Pela primeira vez estava me sentindo mais à vontade na companhia de alguém que não conhecia bem e que também estava se permitindo se a ter um momento de descontração ao meu lado.
- Não me assusto, mas continuo falando que está em boa forma, se está enferrujado isso é com você, mas creio que ainda se sairia bem caso tivesse em um trabalho de seja lá qual havia sido seu emprego.

Por fim o sol havia ido embora, o alaranjado intenso se dissipava lentamente dando lugar para o azul escuro e algumas estrelas já apareciam. Olhei para a mais forte a admirando respondendo sua última questão com relação a minha ajuda e minha presença.
- Na verdade acho que deveria se secar, isso faz com que nosso corpo seja uma porta aberta para gripe e aqui quando anoitece esfria muito, ainda mais perto de correnteza.
- Eu pensei que você quisesse ficar sozinho, não estou o expulsando, de forma alguma, mas não sei se a minha companhia está o agradando. - inclinei minha cabeça para o lado e soltei um suspiro. - Por mais que tenha essa aparência de bom moço, algo sempre acontece quando tento fazer algum tipo de amizade com pessoas. Talvez seja porque eu seja sem sal. - abaixei os olhos e por fim arranquei aquela pequena florzinha do solo e contava suas pétalas amareladas.

Hitman, me lembro de ter assistido um filme com esse nome e realmente o cara parecia o James Bond mais aprimorado com seus golpes e disparos certeiros sem ao menos amarrotar seu terno caríssimo.
- Uau, um Hitman, realmente então você seria capaz de fazer de um grupo de bandido pinos de boliche os derrubando fácil e fazendo um strike. - brinquei com as palavras encarando os olhos claros do outro que mesmo tando escuro conseguia ver.
- Eu to curtindo muito ter uma companhia com um papo bem diversificado, saímos de uma aula de física e biologia para um assunto de agente, medo de água e agora você acaba de espirrar me fazendo dizer as palavras mais saborosas que uma pessoa aquariana poderia dizer... Eu avisei. - ri alto me posicionando de forma que pudesse ficar de frente para o maior que me olhava sorrindo de forma singela, ainda bem que estava escuro e ele não pode me ver novamente ficar com o rosto quente e vermelho.

Respirei fundo e me concentrei fazendo minhas mãos emanarem um brilho amarelo que logo faziam chamas bem baixas surgirem, olhava para o tecido enquanto passava minhas palmas bem próximas dele com cautela para não encostar diretamente na roupa. Aos poucos o vapor começava a subir fazendo a secagem rápida além de deixar o tecido quentinho para o outro.
- Sua piada foi algo bem tenso, digamos que seus "amigos" que na verdade são inimigos soubessem que estavam sendo caçados e ao vê-lo sabiam que estavam de frente ao mensageiro da morte... - continuava a secá-lo indo para outra perna. - Então eles ao invés de lhe dar boas vindas tivessem que recebê-lo com tiros de todos os lados... - arqueei minha sobrancelha olhando pra ele. - E então, seu amigos apenas tentavam se manter um tempo a mais vivo até irem parar no inferno. - dessa vez eu ri com minha própria linha de raciocínio.
- Pronto. - recolhi as mãos e ousei a deitar com os braços por trás da cabeça ao lado do outro olhando para o céu agora estrelado.
- Agora senhor agente, coloque sua blusa porque a friagem vai só aumentar. - disse me virando olhando para ele novamente com uma expressão amistosa.

Fiz uma expressão de espantado e olhei para o homem do lado arqueando a sobrancelha logo depois rindo da sua acusação.
- Hey, eu faço fogo e não gripe aparecer... - voltei a olhar para o céu estrelado prosseguindo. - Apenas é algo lógico senhor agente, roupa molhada, frio, resfriado, tudo é uma ordem real das coisas e apenas queria te alertar de que isso poderia te trazer um resfriado. Simples, não? - fiquei parado observando as estrelas vendo uma cadente cair e apontar para ela alertando o outro.
- Olha! - fechei os olhos e fiz um pedido mentalmente logo depois abrindo-os e me virei perguntando para o outro. - Fez o seu pedido também? Só não pode falar o que foi para não dar azar e assim poderá não se realizar.

Não sabia mais que horas eram, e me coloquei a ficar sentado novamente na grama e fiz uma pequena labareda surgir em minhas mãos, a iluminação fez com que apenas nossos corpos ficassem aquecidos com a chama para espantar melhor o frio e assim coloquei em um punhado de mato seco fazendo ela permanecer ali entre nós os dois.
- Obrigado por fazer companhia neste fim de tarde e início da noite. Depois de dias preso aqui foi o primeiro que tive contato mais próximo e foi um dos mais simpáticos também. Muitos aqui tem cara de mal encarados.
Dei de ombros colocando minhas duas mãos entre as pernas balançando um pouco meu corpo cantarolando uma música em minha cabeça.

- Eu não irei mas chamá-lo de agente, pode ficar despreocupado e não sou capitão óbvio, são fatos, Ace... Fatos. - fiz um singelo movimento de mão como se tivesse chamando sua atenção, mas não de forma ofensiva, apenas era um gesto comum mesmo. - E mesmo que não acredite só de fazer faz com que ele possa vir a se realizar. - suspirei olhando para as chamas vendo que seu brilho era hipnotizante, sempre gostava de olhar para as chamas quando estava em seu estado zen.
O ambiente agora estava mais calmo, a lua brilhava no céu e todo o cenário era praticamente perfeito o fazendo sair totalmente daquele lugar que estava aprisionado e desfrutar de um algo bem maior que eu estava acostumado naqueles dias.
Ace se levantava e ia até a borda do riacho falando coisas que me voltava daquela viagem, realmente a lua era um bônus daquela noite e estava magnífica e não precisava ser ofuscada pelas chamas que logo sumiram voltando apenas a deixar o brilho prata dominar toda a extensão.

O brilho do braço de Ace me chamou a atenção, a forma estática de seu poder fazia faíscas lindas surgirem enquanto ele mencionava novamente sobre seu passado como Hitman e uma pontada me veio no peito.
- Você já amou alguém ou foi amado, Ace? - sei que era uma pergunta muito pessoal, mas ele demonstrava ser tão frio e fechado. - Me desculpe pela pergunta, mas as suas palavras me remete que nunca pode amar ou ser amado por alguém, como se só vivesse dessa forma. Fria e rude. - respirei fundo me preparando para uma chamada de atenção, mas eu havia procurado por aquilo.
Fiquei ansioso pela resposta de Ace, mas ao mesmo com receio também, apenas queria saber por quê ele era tão fechado e triste, como se sua vida toda fosse passada em prol de matar pessoas ruins.

Assenti com a cabeça arqueando uma das sobrancelhas entendo mais ou menos o que o outro me explicava. Suas palavras as vezes me remetiam um certo esforço de entendimento que no final conseguia ser esclarecido com a linha de raciocínio próprio que eu tinha. Suspirei e abaixei a cabeça balançando meu corpo suavemente ainda com a melodia em minha cabeça, mas sempre atento para as coisas que o homem a minha frente dizia e o que me chamou a atenção foi justamente a resposta que veio com uma certa pausa me fazendo parar e corar. Será que tinha feito alguma pergunta realmente muito pessoal?

Ace olhou para a lua me respondendo logo em seguida, apoiei-me com o cotovelo na perna que estava cruzada em lótus e pousei minha bochecha sobre a mão fechada nela ouvindo a história que me parecia ser bastante intrigante e ao mesmo romântica. Suas palavras eram lindas e me fazia querer achar um homem que fizesse realmente algo para tentar me obter com todas as forças assim como ele dizia.
- Nossa, isso é triste e ao mesmo tempo lindo de se ouvir. Espero que essa pessoa saiba que tem alguém que vai lutar por ela com todas as forças. Isso mostra que você não é só uma máquina fria de matar, prova que tem seu lado mais humano... Fico feliz por isso. - pigarreei e me impulsionei para frente me levantando.
- Bom, amei demais nossa conversa, foi bom conhecer alguém e espero que possamos conversar mais. - caminhei até ele elevando minha mão. - Foi um prazer, cavaleiro Ace. - ri brincando com o apelido. - Lhe desejo muita sorte nesse reencontro, de coração. - apertei sua mão e me virei indo de volta para o presídio.
- Nos encontramos por aí... - segui com a mão em chamas iluminando meu caminho de volta para minha cela.